VIOLÊNCIA OCUPACIONAL NO COTIDIANO DE PROFISSIONAIS DE ENFERMAGEM NO SETOR DE EMERGÊNCIA

Rafaella Fernandes Oliveira, Ricardo Bruno Santos Ferreira, Mauro César Ribeiro dos Santos

Resumo


Objetivo: Descrever a percepção do profissional de enfermagem da Unidade de Pronto Atendimento acerca da violência ocupacional e compreender como ela se manifesta no cotidiano desses profissionais no setor de emergência. Métodos: Pesquisa descritiva, qualitativa, realizada com 15 profissionais de enfermagem de uma Unidade de Pronto Atendimento, no mês de outubro de 2018 em um município no interior da Bahia. A coleta de dados realizou-se mediante entrevista norteada por um roteiro de pesquisa semiestruturado. Os dados foram sistematizados a partir da proposta de Análise de Conteúdo e discutidos a partir da literatura existente. Resultados: Constatou-se que a percepção dos profissionais de enfermagem acerca da violência ocupacional está diretamente relacionada com os atos violentos sofridos no cotidiano do trabalho dos mesmos, com destaque para a violência de cunho verbal, psicológica e física. Os principais perpetradores são pacientes, acompanhantes e colegas de trabalho. Evidenciou-se também que as principais formas de enfrentamento da violência ocupacional são o diálogo, suporte policial e a utilização de tecnologias para segurança. Conclusão: Evidenciou-se a necessidade educação em saúde para sensibilização da população e equipe, apoio da gestão e a inserção de equipamentos e pessoal de segurança para redução da violência ocupacional.

ABSTRACT

Objective: to describe the perception of nursing professionals of the Emergency Care Unit about occupational violence and understand how it manifests itself in the daily life of these professionals in an emergency sector. Methods: Descriptive, qualitative research conducted with 15 nursing professionals of the Emergency Care Unit, in October 2018 in a municipality in the interior of Bahia. Data collection was performed through interviews guided by a semi-structured research script. The data were systematized from the proposed Content Analysis and discussed from the existing literature. Results: It was found that the perception of nursing professionals about occupational violence is directly related to the violent acts suffered in their daily work, especially verbal, psychological and physical violence. The main perpetrators are patients, caregivers and co-workers. It was also evidenced that the main forms of confronting occupational violence are dialogue, police support and the use of security technologies. Conclusion: The need for health education to raise awareness of the population and staff, management support and the insertion of equipment and safety personnel to reduce occupational violence was highlighted.

RESUMEN

Objetivo: Describir la percepción del profesional de enfermería en la Unidad de Atención de Emergencia sobre la violencia laboral y comprender cómo se manifiesta en la vida cotidiana de estos profesionales en un sector de emergencia. Métodos: investigación descriptiva y cualitativa realizada con 15 profesionales de enfermería de una Unidad de Atención de Emergencia, en octubre de 2018 en un municipio del interior de Bahía. La recopilación de datos se realizó a través de una entrevista guiada por un guión de investigación semiestructurado. Los datos fueron sistematizados en base a la propuesta de Análisis de Contenido y discutidos en base a la literatura existente. Resultados: Se encontró que la percepción de los profesionales de enfermería sobre la violencia laboral está directamente relacionada con los actos violentos que sufren en su trabajo diario, con énfasis en la violencia verbal, psicológica y física. Los principales autores son pacientes, compañeros y compañeros de trabajo. También se hizo evidente que las principales formas de hacer frente a la violencia laboral son el diálogo, el apoyo policial y el uso de tecnologías para la seguridad. Conclusión: Era necesaria una educación en salud para crear conciencia entre la población y el personal, el apoyo de la gerencia y la inserción de equipos y personal de seguridad para reducir la violencia laboral.


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DOI: https://doi.org/10.21675/2357-707X.2021.v12.n5.3734

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