Aspectos da Violência Obstétrica Institucionalizada

Elys Oliveira Bezerra, Ismael Brioso Bastos, Ana Karoline Barros Bezerra, Priscila de Vasconcelos Monteiro, Maria Lúcia Duarte Pereira

Resumo


Objetivo: Descrever aspectos de violência obstétrica vivenciada durante o trabalho de parto e parto. Método: Pesquisa descritiva, de abordagem qualitativa, realizada entre maio e agosto de 2016 em unidade básica de saúde de município da região norte do Ceará. Os participantes foram gestantes adscritas no território de abrangência da referida unidade, que realizavam acompanhamento pré-natal com a equipe multiprofissional do serviço. Realizou-se entrevista semiestruturada abordando perfil sociodemográfico, econômico e história obstétrica, percepções, experiências e expectativas acerca do parto. Resultados: A partir da transcrição das entrevistas, com posterior Análise de Conteúdo do discurso das participantes, elencou-se diferentes formas de violência obstétrica, estas vivenciadas através da comunicação, cuidado prestado e processos de trabalho nos atendimentos, violação de direitos e violação contra o corpo feminino. Conclusão: Evidencia-se a necessidade dos profissionais de saúde se sensibilizarem para mudanças de rotinas e garantia de um cuidado livre de situações tidas como violência obstétrica, assegurando a mulher durante o ciclo gravídico-puerperal.

Descritores: Gestantes; Parto; Violência contra a Mulher; Atenção à Saúde; Institucionalização.

ASPECTS OF INSTITUTIONALIZED OBSTETRIC VIOLENCE

Objective: To describe aspects of obstetric violence experienced during labor and delivery. Methods: Descriptive research, with a qualitative approach, carried out between May and August 2016 in a basic health unit in a municipality in the northern region of Ceará. Participants were pregnant women registered in the territory covered by the unit, who underwent prenatal care with the multidisciplinary service team. A semi-structured interview was conducted addressing socio-demographic, economic and obstetric history, perceptions, experiences and expectations about childbirth. Results: From the transcription of the interviews, with subsequent Content Analysis of the participants’ discourse, different forms of obstetric violence were listed, these experienced through communication, care provided and work processes in attendance, violation of rights and violation of Feminine body. Conclusion: The need for health professionals to become aware of changes in routines and the guarantee of care free from situations considered to be obstetric violence is evident, ensuring women during the pregnancy-puerperal cycle.

Descriptors: Pregnant women; Parturition; Violence against women; Health care (public health); Institutionalization.

ASPECTOS DE LA VIOLENCIA OBSTÉTRICA INSTITUCIONALIZADA

Objetivo: Describir aspectos de la violencia obstétrica experimentados durante el parto y el parto. Métodos: Investigación descriptiva, con enfoque cualitativo, realizada entre mayo y agosto de 2016 en una unidad básica de salud en un municipio de la región norte de Ceará. Las participantes eran mujeres embarazadas registradas en el territorio cubierto por la unidad, que se sometieron a atención prenatal con el equipo de servicio multidisciplinario. Se realizó una entrevista semiestructurada sobre historia, percepciones, experiencias y expectativas sociodemográficas, económicas y obstétricas sobre el parto. Resultados: A partir de la transcripción de las entrevistas, con el posterior análisis de contenido del discurso de los participantes, se enumeraron diferentes formas de violencia obstétrica, que se experimentaron a través de la comunicación, la atención brindada y los procesos de trabajo en la asistencia, violación de derechos y violación de Cuerpo femenino. Conclusión: Es evidente la necesidad de que los profesionales de la salud se den cuenta de los cambios en las rutinas y la garantía de atención sin situaciones consideradas violencia obstétrica, lo que garantiza a las mujeres durante el ciclo embarazo-puerperal.

Descriptores: Mujeres embarazadas; Parto; Violencia contra la mujer; Atención a la salud; Institucionalización.


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DOI: https://doi.org/10.21675/2357-707X.2020.v11.n6.3821

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