Caracterização do modelo assistencial ao parto e nascimento realizado por residentes de enfermagem obstétrica

Stéphanie Marques Alves Vieira Angelim, Amanda Santos Fernandes Coelho, Ana Claudia Andrade Cordeiro Pires, Aline Bueno Coelho, Leiliane Sabino Oliveira Ribeiro, Juliana Machado Schadosim, Fernanda Matos Cordeiro, Lídia Maria do Carmo

Resumo


Objetivo: caracterizar o modelo assistencial ao parto e nascimento realizado por residentes de um programa estadual de residência na região central do Brasil e verificar o impacto desse modelo assistencial na repercussão clínica materna e neonatal. Método: trata-se de um estudo transversal, retrospectivo, com abordagem quantitativa, composto por 356 mulheres e seus neonatos que tiveram seu parto assistido pelas residentes em enfermagem obstétrica (REO) em uma maternidade de risco habitual pública estadual, em Goiás, no período de 2017 a 2019. Para a análise estatística os dados quantitativos foram analisados através de distribuição de frequências, porcentagens, média e desvio padrão. Resultados: verificou-se a realização de boas práticas ao parto e nascimento: alimentação livre durante o TP (76,97%), escolha do acompanhante (58,43%), amniotomia (28,93%), baixa taxa de episiotomia (4,78%), contato pele a pele (91,29%), clampeamento oportuno do cordão umbilical (56,18%), amamentação na 1ª hora de vida (62,64).Considerações finais: a qualidade da assistência prestada por REO foi intimamente expressada pela proporção de parturientes que não foram submetidas a intervenções desnecessárias, bem como apontou desfechos neonatais satisfatórios somados às boas práticas proporcionadas.


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DOI: https://doi.org/10.21675/2357-707X.2021.v12.n4.4639

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